Tricotilomania – Transtorno de arrancar os cabelos

Esse nome se origina do grego, sendo Trico = cabelo + tilo = puxar + mania, ou seja, mania de puxar cabelos e/ou pelos.

A Tricotilomania é um transtorno que se caracteriza pelo ato de arrancar o próprio cabelo e/ou pelos do corpo (sobrancelhas, cílios etc) de maneira recorrente e sem controle, precedido de grande carga de ansiedade, que é aliviada, após os fios serem arrancados.

Normalmente ocasiona perda capilar importante (alopecia), chegando a ficar com falhas no couro cabeludo, gerando sofrimento e prejuízo no âmbito social, profissional e pessoal. A pessoa com esse transtorno pode acabar se isolando, por receio de sentir-se constrangida ou sofrer preconceitos, pois grande parte das pessoas não conhece esse transtorno.

Pode haver ainda um agravante: 40% das pessoas que tem Tricotilomania, desenvolvem a Tricotilofagia que é o ato de comer esses cabelos arrancados, o que pode ocasionar sérios problemas no sistema digestivo, pois o cabelo não é digerido pelo nosso estomago, formando uma bola de cabelos que só pode ser retirada por cirurgia.

Normalmente, a Tricotilomania se inicia na adolescência, na faixa de 11 a 15 anos e acomete mais mulheres do que homens. Crianças também podem ter, mas é mais provável ser uma situação passageira.

Estudos mostram que não existe uma causa única, podendo existir fatores genéticos ou ambientais. Experiências negativas graves na infância ou problemas com os pais podem desencadear o transtorno.

O diagnóstico deve ser realizado por um médico e o tratamento é realizado por vários profissionais: Psiquiatra, Psicólogo, Dermatologista, Gastroenterologista, conforme cada caso.

A Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) juntamente com alguns medicamentos específicos que podem ser antidepressivos ou reguladores de humor, têm se mostrado eficazes no alivio dos sintomas da Tricotilomania.

O envolvimento da família e amigos também é muito importante no sentido de ser uma rede de apoio ao paciente em tratamento.

Estima-se que 1% da população, levando-se em conta adultos e adolescentes, tenha esse transtorno, mas também suspeita-se ser subdiagnosticado, já que muitas pessoas não procuram tratamento, até por falta de informação sobre o transtorno.

Se você conhece alguém com esse problema, encoraje-o a buscar ajuda de um profissional da área de saúde mental.

Cuidar da saúde mental é preservar a vida!

Lilian Bastos Bilia – Psicóloga Clínica – CRP: 27176

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